Nesta semana, um imprevisto atrapalhou as obras flamenguistas na Arena da Ilha, onde eles pretendem jogar no Brasileirão: uma cratera entre setores. Segundo Strauch, o Botafogo sabia da necessidade de obras perto do local antes de devolver o estádio que usou durante parte de 2016 ao clube que o emprestou, a Portuguesa. Daí, as acusações de desonestidade e irresponsabilidade por meio da rede social.

Domingos Fleury, vice-presidente jurídico do alvinegro, se defende. “Como já tínhamos o Nilton Santos, fizemos uma arena para usar de seis a sete meses”. Antes de realizar as obras no estádio para seu uso, o Botafogo fez um estudo de solo que não apontou para a necessidade de ser uma obra completa caso a arquibancada leste tivesse capacidade para até 6 mil pessoas.

Por isso, foram instalados apenas tubos de concreto para proteção de rede de esgoto e escoamentos de águas pluviais. Já o Fla está fazendo a obra completa. “Como o Botafogo não fez uma arquibancada tão alta, não precisou fazer essa obra de desviar o rio, só estruturas que suportassem bem o peso do público”, explica Fleury. “Ele perdeu uma oportunidade de ficar com a boca fechada”.

Rafael Strauch também acusou o Botafogo de receber um “empréstimo nunca cobrado” da empreiteira Odebrecht em um episódio de 2013, quando Flamengo, Fluminense e Bota assinaram para jogar no então Engenhão.

A Corregedoria Geral deve encaminhar o caso para um dos juízes criminais do Rio. Depois de intimado, o flamenguista terá 10 dias para se retratar ou confirmar a acusação. “Como foi no Twitter, ele pode tirar o corpo fora”, comenta Fleury. “Ele tem que dizer a quem estava se referindo, pois o Botafogo é uma pessoa jurídica. Quem foi do Botafogo? Dependendo do que responder, ele vai ser processado criminalmente”.