Fábio Monken: “Eunuco de Regatas do Flamengo”

Salve, Salve, Nação Mais Linda do Mundo!

Indignação, chateação, sensação de impotência, frustração, abatimento, decepção, desilusão, desapontamento, desgosto, tristeza, melancolia, ausência de alegria… Afinal de contas como podemos classificar o sentimento de toda uma Nação após o resultado patético do jogo de ontem à noite contra o Corinthians no Maracanã?

Confesso a vocês, leitores, que nunca fui tão feliz numa coluna de segunda-feira que precede um jogo decisivo na quarta subsequente quanto nessa semana em que estamos. Já dizia no título: “Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe pra onde ir”. Mas deixo uma indagação: o Flamengo sabe, ou eu tenho toda a razão?

Dar-lhes-ei minha humilde opinião: não sabe e nunca soube. Essa é a mais pura e triste realidade. Nosso amado Flamengo é uma pândega! Somos iguais àqueles nerds que sentam no sofá da casa da namorada e os pais dela podem ir passear à vontade pois têm a certeza de que nada, absolutamente nada, acontecerá.

Somos o famoso arame liso, aquele que cerca mas não machuca. Somos como eunucos numa corte antiga, onde tinham livre acesso às concubinas dos imperadores pelo simples fato de terem a plena certeza de que nada a elas fariam. Simples assim.

Não estender-me-ei em demasia na coluna de hoje, mas o recado já está quase dado. Como diria o grande confrade Yuri Fialho: nem decepcionados ficamos, pois só nos decepciona alguém de quem esperamos algo coisa maior. E esse Flamengo que está aí nos mostra cruel e inequivocamente essa faceta mórbida e débil.

A falta de triangulações e o excesso de bolas alçadas na área adversária expõe-nos, definitivamente, o time atual que possuímos. Somos estéreis em matéria de criatividade. Somos insípidos, insossos, enfadonhos, jogamos burocraticamente, nos apresentamos de forma melancólica, neurastênica. Nosso sistema é debilitado. Esse é o retrato do Flamengo atual.

Uma mudança até seria possível, porém torna-se praticamente improvável à medida que as situações se sucedem e observamos que nada muda. Esbarramos nos mesmos equívocos seja qual for o treinador que nos dirija. Faltam opções de jogadas, leitura dos jogos e o Barbieri ainda tem um problema sério de pragmatismo. Suas substituições são, na maioria esmagadora das vezes, de “seis por meia dúzia”.

Ele não ousa, demora-se na leitura da partida. Ontem, por exemplo, poderia ter sacado o Paquetá (muito mal) e o Vitinho (totalmente ineficiente) já na virada do primeiro para o segundo tempo. Invés de meter o Berrío para tentar uma maior profundidade, preferiu ser pragmático, como sempre.

Dourado por Uribe, Arão por Paquetá e Lincoln por Vitinho. Patético! A leitura foi totalmente errada. Embora Arão tenha entrado bem e ido muito melhor do que o Paquetá (Zico me perdoe), pra quê meter outro centroavante se as 32 bolas levantadas (isso mesmo! Pasmem!) na área adversária não deram em nada?

Não tem explicação. Nunca terá! Análise feita, aguardemos que outro técnico venha nos socorrer no ano vindouro. Estou contando os dias da eleição no clube onde espero que nos livremos de uma vez por todas de uma diretoria tão sensata financeiramente e ao mesmo tempo conformista e acéfala em matéria de futebol. Os caras são comprometidos até o último fio de seus cabelos com as derrotas. Conforme eu disse na segunda-feira passada, neste mesmo espaço democrático: “vem ni mim 2019”!!! Zico nos abençoe! Vai pra cima deles Mengo!!!

O Flamengo simplesmente é!
Saudações rubro-negras a todos!

Fabio Monken
Twitter: @fabio_monken

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A intolerância e a falta de argumentos são combustíveis para o fracasso!

Fonte: http://colunadoflamengo.com/2018/09/fabio-monken-eunuco-de-regatas-do-flamengo/

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