Médico do Flamengo fala sobre suspensão de Gabigol: “Espero que entendam e me respeitem”

O tema que dominou as discussões no Flamengo nesta semana foi a suspensão de Gabigol por dois anos devido a uma fraude no exame antidoping. Nos últimos dias, o nome de Marcio Tannure, gerente de saúde e alto rendimento do clube, ganhou destaque na mídia. Segundo relatos, o médico teria aconselhado o atacante a não realizar os testes, argumentando que ele já estava em treinamento e poderia ter seu resultado comprometido. Na quinta-feira (28), Tannure optou por não comentar publicamente sobre o assunto.

— *A informação que eu tenho é a mesma de vocês. Não tenho autorização para discutir esse assunto sem a assessoria do clube. No entanto, é importante respeitar a hierarquia e os protocolos estabelecidos. Para abordar essa questão, devo fazê-lo por meio da assessoria de imprensa oficial do Flamengo. É fundamental reconhecer a importância dos testes antidoping no futebol brasileiro, mesmo que os jogadores não apreciem passar por eles. Alguns até temem agulhas durante exames de sangue* — afirmou Marcio Tannure.

— *Cada indivíduo possui suas particularidades, mas é crucial apoiar as medidas antidoping. Elas visam proteger os atletas e garantir a equidade esportiva. O Flamengo, por estar envolvido em diversas competições, é um dos clubes mais testados. São as ações que permanecem, não apenas as palavras. Com vasta experiência, nunca enfrentamos problemas desse tipo. Não podemos dizer que seja confortável, afinal, nem tudo em um emprego é totalmente confortável, não é?* — acrescentou Tannure durante o Super Fut Summit, realizado no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.

Gabigol foi suspenso por dois anos, mas como a infração ocorreu em abril do ano passado, o Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD) determinou que o atacante estará elegível para retornar em abril de 2025. O Flamengo planeja recorrer da decisão e mantém a confiança na obtenção de um efeito suspensivo, bem como na absolvição do jogador.

Segundo os órgãos responsáveis pelo controle antidoping no futebol brasileiro, Gabigol teria criado obstáculos para os profissionais no Centro de Treinamento Ninho do Urubu. Além disso, as acusações indicam que o atacante desrespeitou os funcionários e se recusou a urinar na presença dos fiscais, violando as normas estabelecidas. Embora a penalidade máxima para essa situação seja de quatro anos, Gabigol recebeu uma pena reduzida pela metade.

Publicado em colunadofla.com

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