A ida do volante Willian Arão para o Flamengo foi um dos pontos marcantes. O jogador se destacou na Série B pelo Botafogo em 2015 e seu contrato seria automaticamente renovado caso o Alvinegro depositasse R$ 400 mil na conta do atleta. O clube de General Severiano pagou o valor duas vezes, mas Arão devolveu a quantia em ambas oportunidades para poder se transferir para a Gávea.

A diretoria do Bota acusou o Fla de assediar o meio-campista e mostrou nos meses seguintes que não engoliu ter perdido o jogador para o rival. Quando o Rubro-Negro se viu sem casa para mandar suas partidas, já que o Maracanã estava entregue ao Comitê Olímpico, o Alvinegro disse que não deixaria que o Flamengo jogasse no Engenhão.

Para piorar ainda mais o clima entre os clubes, o Flamengo fechou um acordo com a Portuguesa para utilizar a Arena da Ilha por três temporadas. O estádio havia sido a casa do Botafogo em 2016 e, para não dar qualquer tipo de ajuda ao rival, os alvinegros desmontaram as arquibancadas que haviam instalado no local para que elas não fossem aproveitadas.


Um trabalho no YouTube também foi motivo de briga entre Flamengo e Botafogo. Em 2015, o canal Porta dos Fundos lançou o vídeo chamado “Patrocínio”, que satirizava alguns patrocínios nos uniformes de times de futebol. As camisas utilizadas na produção eram as de Fla e Bota e o Alvinegro era justamente o time ironizado. Vale lembrar que um dos fundadores do Porta dos Fundos é Antonio Tabet, atual vice-presidente de comunicação rubro-negro.