Cerca de 100 pessoas, entre funcionários do clube e fiéis, participaram da missa celebrada pelo padre Waldecir Gonzaga, que citou nominalmente as dez vítimas do incêndio e citou os sobreviventes. Ao fim da celebração, o pároco pediu uma salva de palmas para cada um deles. Após o padre insistir se o presidente ou alguém da diretoria do Flamengo gostaria de falar, Landim, que havia lido a primeira carta de São Paulo, se dirigiu ao altar. – Essa enorme tragédia que se abateu sobre nosso clube afetou a todos nós. As pessoas do clube têm trabalhado diuturnamente para tentar aplacar a dor e o sofrimento das famílias envolvidas no acidente. Vamos estar assumindo toda as respossibilidades que tivermos sobre o acidente e trabalhando para que isso nunca mais ocorra no nosso clube – disse o presidente, que deixou a igreja pela secretaria sem falar com a imprensa.
Alguns dos presentes vestiam a camisa do Flamengo ou blusas com homenagens às vítimas. Um deles, inclusive, carregava a do Vasco, que homenageou o rival ao estampar o escudo do rival em seu uniforme na semifinal contra Resende, na quarta-feira. O painel com os nomes e fotos das dez vítimas, que estava ao lado do altar, foi coberto e retirado antes de a missa comecar. O departamento de marketing do clube foi avisado que a foto de Samuel Rosa estava errada. Na verdade, era a imagem de Samuel Barbosa, um dos sobreviventes.
O vice-governador também foi convocado pelo padre para ir ao altar. Primeiro, ele demonstrou dotes de cantor e leu algumas passagens públicas. No fim, após Landim, ele agradeceu a colaboração do Flamengo nas investigações. – No primeiro momento, a sensação foi de que perdemos 10 filhos. Mas o poder público tem três papéis: mostrar solidariedade, se colocar à disposição e cobrar as responsabilidades – disse.
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