Análise: Mancu vai bem na frente, mas ainda precisa crescer na recomposição

Contratação mais cara do Flamengo em 2016 – custou R$ 12 milhões aos cofres do clube -, Mancuello iniciou a atual temporada como titular e numa nova função, mais aberto pela ponta direita. Dos pés dele nasceram as principais chances rubro-negras na etapa inicial do amistoso com o Vila Nova, no qual atuou apenas o time principal – o jogo terminou em 2 a 1 para o Tigre.

+Zé Ricardo analisa atuação de Mancu pelo lado direito

Com espaço pela direita, conseguiu finalizar uma vez e achava Jorge livre frequentemente com boas inversões, como fez aos 17 minutos em jogada que terminou em firme cabeçada de Willian Arão. Pouco antes, havia feito o que poucos canhotos conseguem com a “perna ruim”. Abriu pelo flanco e, com o pé direito, cruzou na cabeça de Guerrero.

Embora designado para explorar o corredor do lado direito com o auxílio de Pará, Mancu tem o cacoete de meia. E, bom de finalização como Diego, às vezes aparecia na área mais central da intermediária ofensiva do Flamengo. Confira na imagem acima.

Mancuello não é jogador de extrema movimentação, mas ele, Diego e Guerrero variaram bastante seus respectivos posicionamentos diante do Vila. Repare na imagem acima que Guerrero sai da área, enquanto Diego vira o centroavante na trama ofensiva do Flamengo. Apesar de não ter resultado em jogadas perigosas, o trio foi capaz de confundir a defesa rival.

A principal deficiência apresentada por Mancuello foi no auxílio a Pará e Márcio Araújo na fase defensiva pelo lado direito. Confira em nova foto, esta ao lado, que Mancu recompunha corretamente em relação a posicionamento, mas quando o lateral-esquerdo Jonathan ou o atacante Wallyson engatavam a quinta marcha, Pará sofria bastante.

Aos 30 minutos da etapa inicial, na primeira jogada de perigo do Vila Nova, por exemplo, Mancuello desiste de acompanhar Wallyson quando percebe que não chegaria nem perto do camisa 9 colorado. (veja abaixo).

No geral, Mancuello, por ser um atleta majoritariamente ofensivo, foi bem. O entendimento com Diego e Guerrero pode fazer do Flamengo um time com maior poder de fogo, mas é preciso evoluir na recomposição para auxiliar Márcio Araújo, Pará e Réver.

Autoavaliação positiva

Terminado o jogo, Mancuello, em rápida conversa com os jornalistas, autoavaliou-se de forma positiva. E diz que conversou bastante com Zé Ricardo antes de atuar pela ponta direita, nova função que afirma ter recebido com a melhor das intenções.

– Eu falei muito com ele, a gente vem trabalhando junto faz tempo e conhece o que ele quer. Tanto na função de meia como hoje na ponta direita. Ele perguntou se eu podia jogar nessa posição, eu falei que não tinha nenhum problema em fazê-la. A gente tem que se adaptar ao momento e, na partida, acredito que achei espaços para poder jogar. Talvez a gente ficou um pouco preso na hora de fazer jogadas de perigo, mas acho que foi boa minha atuação.

Questionado sobre sua atuação defensiva, reconheceu que precisa de adaptação, porém julgou que foi bem-sucedido na tarefa de acompanhar o lateral-esquerdo (Jonathan) rival.

– Quando faço uma análise da partida, não analiso separadamente ataque e defesa. Também depois do jogo falei com o treinador e com vários companheiros. Consideramos que foi uma boa partida, eu consegui acompanhar o lateral, mas também foi pouquinho tempo, só no primeiro tempo. É questão de se adaptar e se entrosar mais com meus companheiros.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2017/01/analise-mancu-vai-bem-na-frente-mas-ainda-precisa-crescer-na-recomposicao.html

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