O jogo entre Flamengo e Universidad Católica, hoje, às 21h45m, no acanhado Estádio San Carlos de Apoquindo, em Santiago, vai pôr frente a frente dois Diegos, no primeiro jogo rubro-negro fora de casa pelo grupo 4 da Libertadores. De um lado, estará o Diego, camisa 10 do Flamengo; no outro o argentino Diego Buonanotte, com a 18 da Católica.
A semelhança entre os dois não está apenas no primeiro nome, herança de uma geração de Diegos, nascidos no embalo das gambetas de Maradona. Assim como o craque da Copa de 1986, os dois Diegos são meias clássicos, chamados pelos hermanos de “enganche”. Atuam entre os volantes e os atacantes, quase sempre centralizados e com a função de organizar as ações ofensivas de suas equipes.
— Será bonito ver Buonanotte e Diego em campo. Espero que seja um grande espetáculo — destacou Mario Salas, treinador do time chileno. — Estamos com muita gana de enfrentar o Flamengo, sabendo que temos as armar para ganhar.
Medalha de ouro em Pequim
Autor do gol de falta que abriu caminho na goleada por 4 a 0 sobre o San Lorenzo, na estreia da Libertadores, na semana passada, o Diego rubro-negro surgiu no cenário nacional quando tinha 16 anos — metade de sua idade atual. Desde então, com percorreu um longo caminho até chegar ao Flamengo no a no passado — com passagens por grandes clubes como Juventus, da Itália, Porto, de Portugal, e Atlético de Madri, da Espanha.
A história de Buonanotte é parecida, apesar de suas nuances. Ele estreou no River Plate aos 17 anos e, em sua segunda partida entre os profissionais, já deixou sua marca. Poucos meses depois, foi escolhido para começar jogando um Superclássico, o confronto com o arquirrival Boca Juniors, e teve atuação elogiada na vitória. Foi medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Um acidente automobilístico, em 2009, quase lhe tirou a vida na província de Santa Fé. Três amigos de infância do jogador morreram na ocasião. Além de ficar quatro meses fora por múltiplas lesões que sofreu, o acidente deixou outras cicatrizes.
— Minha cabeça não funciona como antes. Em minha carreira e vida, isso influenciou muito. Às vezes, me pergunto: por que não morri? Sempre pensei que essas coisas aconteciam em filme, mas eu vivi isso — disse em entrevista ao canal Fox Sports argentino.
Depois de rodar por clubes europeus, chegou no ano passado ao Universidad Católica, aos 28 anos. No semestre passado, conduziu o time ao título do Torneio Apertura do Chile.
Passo importante
O Universidad Católica joga empalado pelo empate (2 a 2) com o Atlético-PR, em Curitiba, após estar perdendo por 2 a 0. Líder do grupo 4, se vencer de novo, o Flamengo consolida a liderança e dá um grande passo rumo à classificação para a próxima fase. Hoje, às 19h30m (de Brasília), o San Lorenzo recebe o Atlético-PR, na Argentina.
Seja o primeiro a comentar
Share this content: