Apesar da pressão, Abel Braga não está sozinho. Se dentro do clube seu maior aliado é o vice-presidente de Relações Externas, Luiz Eduardo Baptista, o BAP, fora dele o treinador Arthur Bernardes – que foi auxiliar técnico no próprio Flamengo em 1995 – defende o companheiro de profissão, sobretudo por já ter convivido com dias turbulentos na Gávea.
– Antes do Abel, tinha outro que estava lá estava sendo cobrado da mesma maneira. Eu tive a oportunidade de trabalhar com o Apolinho e a cobrança era igual, ainda mais no ano do centenário do Flamengo. Não é nada fácil trabalhar no Flamengo, você tem que ter uma capacidade de reposição de peças e treinamento muito bem elaborados. Com uma equipe de auxiliares bem competentes, Abel consegue trabalhar para que as cobranças não detonem o trabalho que está feito. O Flamengo tem um calendário extenso e o Abel está aí fazendo um trabalho progressivo muito bom. -, opinou ao portal Lance!
Segundo Bernardes, a alta rotatividade de jogadores e a forte cobrança pelo jogo ofensivo e bem jogado na busca por vitórias, somados ao extenso calendário que envolve ao menos quatro competições ao longo do ano, diminuem a paciência com o treinador e impactam diretamente na performance dentro de campo.
– Existe um certo exagero nesse tipo de situação e isso prejudica muito o treinador. Às vezes ele quer colocar dois ou três atletas para jogar uma sequência, mas não consegue por conta de protocolos de fisiologia que esbarram no desenvolvimento. Não quero dizer que a ciência não tenha que acompanhar, mas com a responsabilidade que o Abel tem com um time de investimento alto, ele fica com uma sobrecarga muito maior. Ele tem que procurar ser o mais específico possível no treinamento e ficou bem claro pra mim que o trabalho de finalização tem que ser aprimorado, porque os atletas perderam muitos gols nestes últimos jogos -, finalizou.
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