Desde a chegada de Jorge Jesus, o Flamengo quebrou paradigmas arraigados no futebol brasileiro. Os títulos da Libertadores da América e do Campeonato Brasileiro, conquistados no últimos final de semana, mostram que é possível dar atenção para ambas as competições ao mesmo tempo. E mais: sem poupar jogadores. O português deixou claro que competição se ganha escalando sempre os melhores, independentemente de desgaste. Pois agora que o time pode relaxar e pensar apenas no Mundial, a pergunta que fica é: qual equipe mandar a campo nas rodadas finais do Nacional?
Nesta quarta-feira, diante do Ceará, Jesus utilizou uma formação mista. Gabigol, por exemplo, estava suspenso. Já Pablo Marí se lesionou e também ficou de fora. Nomes como Rafinha e Filipe Luis, mais veteranos, ganharam um descanso, assim como o garoto Gerson, que sofreu com o desgaste na decisão da Libertadores. Mas, tirando isso, o português não deu folga. Diego Alves, Rodrigo Caio, Willian Arão, Everton Ribeiro e De Arrascaeta foram ao gramado do Maracanã e comprovaram, mais uma vez, que futebol é para os fortes. Mesmo saindo atrás do placar, aplicaram uma goleada por 4 a 1 sobre o Ceará, com três gols de Bruno Henrique e um de Vitinho.
E, vamos ser sinceros, é neste ritmo que o Flamengo tem que continuar. Não há motivo algum para, de uma hora para outra, tirar todo mundo de campo. É dentro das quatro linhas, em ritmo de competição, que se fará a melhor preparação para ir ao Qatar e, quem sabe, tentar mais uma taça para coroar o chamado ano perfeito. A equipe rubro-negra tem rivais importantes pela frente. Palmeiras e Santos, por exemplo, são desafios que podem até mesmo ajudar a corrigir uma ou outra questão. Claro que preservar um ou outro nome é mais do que natural, mas se o time carioca ensinou ao país como se encara um calendário exaustivo, não é agora que tem que abdicar deste lema.
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