Fla vai rever preços na Ilha, mas ignora lei de meia-entrada que favorece sócios

A diretoria do Flamengo vai rever o preço dos ingressos praticados na Arena da Ilha. O valor mínimo de R$ 200 para o público em geral na partida contra o São Paulo, domingo, pegou mal. Mesmo que a grande maioria do público seja formada por sócios-torcedores, não há controle de documentação para direito a meia-entrada garantido por lei. Asinda assim nenhum torcedor comum, pelos borderôs, pagou a quantia mais alta contra Ponte Preta e Chapecoense.

A precificação do ingresso foi feita baseando-se no pacote para os três primeiros jogos. Depois deste terceiro jogo, a diretoria estuda nova lógica. Mesmo assim, não explica o motivo de não fazer valer a lei que determina o máximo de 40% de meia-entrada no evento. O borderô indica esmagadora maioria com o direito. O clube também não explica o controle dos descontos nos planos de sócio-torcedor.

Até agora são nove mil ingressos vendididos para o jogo de domingo. Com os decontos, um sócio-torcedor paga até R$ 50, dependendo do plano. O valor do ticket médio ainda assim não passa de R$ 60. Se os sócios-torcedores garantem os preços mais baixos, a torcida como um todo praticamente fica excluída. E não compra. Por isso, a diretoria estuda uma forma de beneficiar esse torcedor que não é sócio.

O próximo jogo na Arena da Ilha é contra o Grêmio, no outro domingo. Até lá, novos valores devem ser divulgados. Nas redes sociais, os rubro-negros reclamaram bastante, lembrando que o clube não é banco. As críticas foram feitas também por sócios-torcedores, achando o valor alto. Quem não tem direito a meia da meia, paga a metade por ser sócio, ou seja, o mínimo de R$ 100, no caso do jogo com o São Paulo. Mesmo assim é quase ninguém.

Nas primeiras partidas na Ilha, o estádio sequer encheu. Sinal de que o cálculo de preço não foi correto. Quem normalmente passa os valores a serem praticados é o diretor-geral Fred Luz, mas a assessoria do Flamengo informou que o diretor não falaria antes de se reunir com o Conselho Diretor na Gávea. Em dois jogos no estádio alugado, que custou quase R$ 15 milhões para reforma, o Flamengo já arrecadou mais de R$ 1,5 milhão e venceu as partidas.

Fonte: https://extra.globo.com/esporte/flamengo/fla-vai-rever-precos-na-ilha-mas-ignora-lei-de-meia-entrada-que-favorece-socios-21522851.html

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